quarta-feira, fevereiro 27, 2008

nada

às vezes eu acho que a pior que eu fiz foi vir pra cá

me sinto sozinha

mesmo

é uma solidão muito foda

parece que nada

nada

vai mudar

sinto um vazio

sempre é assim

todo dia eu sofro

desde que cheguei aqui

são poucos os dias felizes

são poucos os dias felizes....

hj voltei do jornal tão desanimada

deitei ali na cama

sem vontade de fazer nada

dói tanto

não aguento mais isso

estou cansada

eu acho foda até chorar para a minha mãe

sinto que está tudo errado

não consigo fazer dar certo

nada me deixa feliz

eu preciso de mim

e não sei onde eu estou

e isso dói

porque eu me sinto nada

dói, cansa

e agora vêm as férias

e eu vou para floripa

sinto que vai ser só prolongar uma dor

não estou feliz porque vou tirar férias

estou com medo delas

acho que não é a cidade

sou eu

se estivesse de bem comigo

não importaria onde estivesse

eu tenho tudo

uma família que me ama

uma casa massa onde moro com dois amigos que gosto

um trabalho irado

um menino que gosta de mim

amigas

o que mais eu preciso?

e mesmo com tudo isso

meu coração está vazio

até quando?

odeio ser assim

ficar me lamentando, chorando toda hora

só queria ser alegre como eu era antes

mas não dá

não consigo

nunca vivi uma coisa tão ruim

se o crescimento for do tamanho da dor

vai ser animal

mas só a dor está tão foda....

eu sinto que perdi tudo que eu era

tudo

não tenho referências

não sou mais referência

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

coeur


Albinho novo (?) da Carla Bruni tá muito bom. (Promisses, 2007)
Tinha ele faz tempo aqui e só ouvi agora (pra variar).
Fiquei empolgada depois da aula de francês, só por isso coloquei na vitrolinha. o/

tudo se repete

Situações que se repetem. E quando você menos espera está de novo agindo como era antes. Da mesma forma que te fez sofrer e por isso você evitou por tanto tempo mexer naquele ninho de abelhas. A pergunta é, por que ficamos sempre naquele círculo vicioso de um velho paradigma? Quando nos relacionamos, é comum repertirmos experiências. Pensamos: ah! da próxima vez não vai mais ser assim. Mas quando a coisa acontecesse, não é que fica tudo igual? Já é a terceira vez que me pego agindo da mesma forma com uma pessoa diferente e em um relacionamento diferente. Dessa vez eu sei exatamente onde estão os erros, quero mudá-los para transformar essa relação em algo saudável para mim e, claro, me proteger de futuras dores. Só que na hora de agir eu ainda fico sem ação. Ainda não encontrei, ou aprendi, uma forma de fazer o certo - e saudável - com segurança de que aquele é o jeito balanceado de agir. Fico me perguntando onde será que aprendi a ser assim, que situação da vida me fez entender ou achar que para ser verdade é preciso transbordar, ou melhor, saturar. A resposta dessa pergunta pode ser a chave para abrir o cofre e saber todo o segredo. Mas será que eu estou preparada para descobrir por quê?