quinta-feira, novembro 29, 2007

...need to cry...

Os últimos dias foram os mais difíceis para mim. Agora que eu já consegui alugar o ap e me mudo no sábado de manhã, fico impaciente e ansiosa com tudo. Na terça-feira me senti muito triste e sozinha. Tive problemas no jornal e a minha vontade era não voltar para casa, se pudesse teria ido para qualquer outro lugar. Mas não deu. Algumas vezes temos que encarar as situações de frente, e nesse caso, sozinha. Na hora que decidi voltar choveu muito. Eu já tinha chorado várias vezes no telefone com a minha mãe. Aí sentei no ponto de ônibus, e as lágrimas vieram de novo, sem que eu pudesse contê-las. Foi foda. Estava ali sozinha, esperando o ônibus que não chegava nunca. Tinha uma mulher do meu lado, e um casal do outro, mas eu nem me importava com a presença deles, porque só conseguia extravasar a dor que estava sentindo deixando as que as lágrimas limpassem tudo. Senti uma dor de verdade no meu peito. No meu ipod rolava Feist e parecia que todas as letras se encaixavam perfeitamente na minha história, nos meus medos, tudo. Foi olhando a chuva cair que aprendi a importância e o valor de cada gesto e palavra das pessoas que amo. É claro que eu sempre dei valor aos meus amigos e família, principalmente meu pai e minha mãe. Mas agora entendo o que tanta gente me dizia, que quando a gente está longe é que vê o quanto era feliz e não sabia, ou não dava valor porque estávamos acostumados. Estava tudo ali, e agora não está mais. Sinto...

terça-feira, novembro 27, 2007

cobrinhas

Essa noite tive um sonho bem estranho. Envolvia muitas cobras e sei que eu conseguia matar uma delas, a mais assustadora, com uma espada. Lá fui eu procurar o significado dos sonhos, como é comum... Estava achando que seria ruim, mas achei bem positivo. Os significados que têm a ver com meu sonho coloquei em negrito:
Cobra: Se, em seu sonho, você viu uma cobra muito grande, saiba que seus amigos são fiéis; porém, se a cobra era de tamanho mínimo, previna-se contra possíveis traições. Quando quem sonha tem uma cobra enrolada no pescoço ou pelo corpo, liberte-se e viva plenamente e com responsabilidade os prazeres da vida sexual. Uma cobra rastejando pelo chão é aviso para que preste atenção ao seu círculo de amizades, alguém não é tão sincero como aparenta. Ver uma cobra dentro de casa, saiba que a traição, às vezes, ocorre no seio familiar. Se, em seu sonho, sobre a cama havia uma cobra, seria bom inovar sua vida sexual. Ver cobras em árvores ou em qualquer lugar alto, tenha cuidado para não se envolver em contendas judiciais. Quando quem sonha vê uma cobra com muitas cabeças, o aviso é para que não se envolva com paixões passageiras, resista à tentação. Se você conseguiu livrar-se de cobras, saiba que também se livrará da presença de pessoa invejosa; mas, se sua tentativa foi vã, cuide-se a traição ronda seu ambiente de trabalho. Andar no meio de cobras sem ser molestado é certeza de que será vencedor, os obstáculos serão transpostos. Caso você tenha matado uma cobra, saiba que o sucesso profissional não demora. Se você viu pessoa sendo picada por cobra, a vitória sobre um inimigo está garantida; porém, se você foi picado por uma cobra, fique alerta, passará por reveses financeiros. Banquetear-se com carne de cobra é sinal de que haverá muita alegria com as vitórias alcançadas em família. Ver ou ser um encantador de serpentes é certeza de vida longa e muita fartura. Se você tinha a cobra como animal de estimação é sinal de que está tudo em ordem com a saúde. Se viu um ninho de cobras e não pisou nem tocou nelas, não tema, é sinal de que um problema há muito pendente será resolvido em breve; caso tenha se sentido ameaçado, cuidado com perdas ou traições; se a presença destes animais não o perturbou, alegre-se, certamente haverá nascimento em família.

domingo, novembro 25, 2007

delicado

Na pauta dessa semana a entrevista com um escritor natural aqui de Joinville, chamado Rubens da Cunha, que também é cronista do Anexo. Minha editora me apresentou o livro de crônicas que será lançado, e mote da matéria, "Aço e Nada". Assim que me entregou, abri o livro e comecei a passear pelas páginas. Parei imediatamente quando vi o seguinte título: "A Revolução da Delicadeza". Rubens começa citando o poeta Dennis Radünz, "a delicadeza é a ultima das atitudes revolucionárias que cabem no mundo". Depois, elenca alguns tipos de delicadeza, até chegar no que, para mim, foi o ponto de maior identificação com a crônica:
"Por fim, os delicados sentimentais. Tudo lhes ataca diretamente ao coração. Os sentimentos são poços em que esses delicados caem e ficam, ficam, pedem socorro vez em quando, bebem alguma esperança vinda do céu, e agüentam o quanto podem. No tempo dos olhares pétreos ser um delicado sentimental é belamente triste."
Rubens também tem um blog (acabei de descobrir, mas acho que já tinha visto esse nome alguma outra vez), a Casa de Paragens. O endereço é http://casadeparagens.blogspot.com/ . Boa visita!

sábado, novembro 24, 2007

...

Essa semana senti falta de uma pessoa que foi muito especial em minha vida (ouso dizer que uma das mais dos últimos dois anos). Foi uma pessoa de quem gostei muito, e no momento em que eu precisava me fez sentir querida e importante. Ele se mostrava interessado pelo que eu sentia, pelo meu bem estar e não tinha medo ou vergonha de demonstrar o que sentia também.
Esse sentimento de saudade ficou mais evidente essa semana. Algumas vezes me meto em umas relações malucas achando que a vida é uma festa. Acho que faço isso para tentar obliterar esse lado sentimentalóide romântico que eu tenho e tanto me incomoda. Mas no fim o envolvimento acaba inevitável. Sempre que isso acontece um amigo meu me olha com cara de 'eu já sabia' e diz: -Você não nasceu para ser moderna!
Esse mesmo amigo me falava ontem do quanto se sente amado. Ele está vivendo um relacionamento que se fortalece a cada dia, com uma troca mútua e intensa de amor e carinho. É bem bonito ver o quanto eles se amam, e ver que têm plena certeza disso. Enquanto conversávamos e ele me mostrava suas declarações de amor, fiquei me questionando a respeito dessas relações destrutivas que volta e meia tenho.
Do ano passado para cá foram umas três, em que acabo sempre triste. E quando aparece a possibilidade de algo que possa ser mesmo legal eu fujo, porque parece fácil demais e se não tiver conquista não me atrai. Mas será que toda conquista precisa mesmo vir com a dor em anexo?

óbvio

É claro que o menino mais bonito da festa não mora em Joinville...

quarta-feira, novembro 21, 2007

"penso nisso e quase desespero"

Pessoas ansiosas como eu sofrem com a espera de uma situação que está por vir. Desde ontem me vi em um momento de aguardo, e percebi mais uma vez a minha dificuldade em esperar pelas coisas e não poder agir. Numa delas a minha ação realmente não faria diferença, e não me restava nada mais do que aguardar. Na outra a minha ação poderia ter uma consequência que não seria a que eu quero, e por isso resolvi me abster dela.
Hoje as duas respostas vieram, uma foi negativa e outra até posso dizer que positiva. Nesse meio tempo, de espera, pensei bastante nesse meu jeito de ser. Eu já conheço essa minha reação de longa data, nos tempos de criança, a espera era algo insuportável para mim. Sempre fui urgente, sempre quis minhas coisas certas para ontem. E essa urgência muitas vezes me machuca. Dói porque eu não consigo domar a ansiedade e transformá-la em uma espera agradável.
Digo isso porque acredito que exista uma espera que é gostosa, em que a pessoa desfruta com prazer da incógnita. O questionamento, o se, são apenas um detalhe no dia de quem espera. E não se transformam em tudo o que ela tem para vivenciar naquele momento. Ela pode trabalhar, ler, comer e tomar banho sem estar pensando a cada segundo no mote da ansiedade.
Por outro lado me questiono se essa urgência teria um lado bom, positivo. Será que me ajuda em alguma coisa? Ainda não encontrei a resposta. É tão difícil ser livre assim.

segunda-feira, novembro 19, 2007

hoje tem sol

Mais um dia em Joinville, e acreditem, hoje apareceu um sol maravilhoso. Depois do trabalho fui ao centro, que nada mais é do que uma extensão dos bairros, para procurar um armário. Fui em todas as casas bahia, salfer, luiza, koerich, berlanda e outras mais possíveis de imaginar. E todas elas têm sempre o mesmo tipo de 'roupeiro' (pota palavrinha feia, por que não chama de armário, né?). Aí vi uma loja de móveis nesse mesmo estilo, mas acho que dessa só tem aqui em Joinville. Os móveis são bem bonitinhos e finalmente encontrei o armário que vou comprar. É um pouco mais caro, mas vale apena pagar mais e ter um quarto legal.
Também me concentrei um pouco na busca por um móvel de cozinha, mas só tem coisas feias. Então fiquei um pouco deprimida, porque queria deixar a cozinha mais apresentável, já que ela é a parte feiosa da casa, e parei de procurar. Quem sabe amanhã acho algo que seja mais belo aos olhos.
Depois de tudo isso, acabei chegando no shopping Müller, porque é tudo muito perto. Comprei mais um livro do Nelson Rodrigues para a coleção, "O Homem Proibido", que ele escreveu sob o codinome de Suzana Flag. Por causa da compra achei uma lan house aqui no shopping, e fiquei muito feliz. Vou poder sustentar um pouco meu vício... Hehehe Mas é particularmente engraçado esse ambiente da lan. As pessoas não se contém, riem, fazem expressões, tudo por causa das conversas no msn... Ou seja, privacidade quase nula.
Não vejo a hora de receber a ligação da mulher da imobiliária, dizendo que o cadastro foi aprovado e que poderei me mudar em breve! Cruzem os dedos comigo!!

sábado, novembro 17, 2007

uma semana

Numa semana de transições, achei que a minha necessidade de escrever seria bem maior. O começo na cidade da chuva, uma cidade desconhecida para mim, não me deixou muito tempo para conseguir escrever. Comecei acertando os primeiros ponteiros, como encontrar um ap para morar, as mudanças que vou levar e o que vou precisar comprar lá. A parte de montar uma casa é a que me deixa mais empolgada. Fico imaginando como será a sala, o meu quarto, a cozinha, os enfeites e utensílios. Já até perdi o sono por causa disso.

O U. vai morar comigo e ele é mais prático, já viu o preço da internet, tv a cabo e telefone (ainda bem, ele fica com o serviço sujo). Pensei também em comprar uma cama nova e maior, porque a que tenho é de solteiro. Quando comento sobre isso com os amigos escuto opiniões diferentes (principalmente sobre a cama, hehehe). Tem duas coisas no ap que eu não gostei, e se puder vou arrumar. Os armarinhos da cozinha e banheiro. São feios, de madeira escura e já estão velhos.

Fora isso, o ap é ótimo. Grande, com três quartos. Assim poderemos receber visitas. Ainda não sei quem vai querer visitar a gente em Joinville, já que a cidade não é muito atrativa, mas já temos um lugarzinho especial para os convidados. Uma das coisas bizarras do ap é a vista, de frente para o cemitério. Quando contei esse detalhe para a minha mãe ela não conseguia mais parar de rir... Mas é engraçado mesmo, porque lá em Joinville o cemitério é enorme e fica em um morro, então dá para ver a vista 'maravilhosa' de vários ângulos da cidade.

Ainda não encotrei nenhuma academia para voltar a malhar e também não deu tempo para visitar a unidade de yôga de lá. Conheci só a academia do shopping Müller, a The Best, mas imagino que a mensalidade não deva ser a mais barata. O F. me indicou uma academia perto do shopping das Flores, vou tentar ir até lá essa semana para conhecer. Uma das coisas legais de Joinville é que tudo é bem perto. O ap em que pretendo morar fica a uns 20 minutos a pé do shopping Müller e de todo o centro. Nessa primeira semana já deu para conhecer um pouco mais a cidade, e até me situar em alguns momentos.

Esse fim de semana estou em Floripa, espero poder vir sempre para poder matar as saudades das pessoas e coisas que amo. Foi inexplicável poder comer o feijão que a minha mãe fez, depois de uma semana longe da comidinha dela. Também foi muito bom sair de carro e pegar fila(!) na ponte com o R. Minha primeira impressão é que as pessoas daqui sorriem mais do que as de lá. Mas como faz pouco tempo de mudança, vou procurar não tirar conclusões precipitadas. E depois de algumas experiências, mais uma vez percebo que são esses pequenos e singelos momentos que importam e dou cada vez mais valor a eles por estar um pouquinho longe!

sexta-feira, novembro 09, 2007

só amizade né?


E lá em NY um menino fofo e romântico se apaixonou por uma menina que encontrou na linha 5 do metrô. Quando a porta do metrô abriu e a menina foi embora, Patrick Moberg, um desenhista de 21 anos, só pensava em encontrar a sua paixão de novo. Então ele criou um blog para encontrá-la, e desenhou todos os detalhes do momento do encontro e de como ela estava vestida. Linda, com uma flor no cabelo e blush nas bochechas!


Dois dias e muitos e-mails depois, um amigo da menina bonita enviou uma mensagem dizendo que a conhecia, e apresentou os dois. Ela é uma garota australiana chamada Claire Hayton e trabalha como estagiária de uma editora. O final da história? Bem, acho que volta e meia é assim... Ela por enqanto quer apenas amizade.
*brigadinha Upi!

quinta-feira, novembro 08, 2007

consegui


Depois de um merecido pote de sorvete - esse mesmo, aí de cima -, fui suspirar um pouco no blog do Carpinejar. Lá encontrei a frase perfeita para meu dia de hoje, e também para o meu sempre. A sentença, que é pequena e direta, é do poeta Luiz Paulo Vasconcellos (que até então eu não conhecia):

"Em matéria de amor, o excesso é o mínimo que peço"

Eu sugiro ainda que a palavra amor possa ser trocada por outras da sua - ou da minha - preferência. Me surpreenda!


segunda-feira, novembro 05, 2007

não lembra?

J: até pedi pra me mandar a musica q vc mais dançou
Eu: a que eu mais dancei? vc viu?
J: ouve!
Eu: cara, juro pra vc que não me lembro de ter ouvidoooo
J: n ouviu é... mas dançou demais!
Eu: acho q estava em outro planeta


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Analisando agora, já sei onde eu estava naquele momento da festa de sábado à noite. =X

um beijo pro J, fofo, sentirei saudades

nem fui ainda e já tenho saudades


Hoje acordei tristonha. Não tive vontade de levantar da cama. Queria continuar na minha casa, nessa cidade que eu nasci e cresci. Aqui onde eu vivi todas as minhas alegrias e tristezas. Mas um dia, quando a gente menos espera, tudo acontece. Achei que comigo seria diferente, mas também foi assim. Chegou a minha hora de sair de casa e experimentar um mundo novinho em folha, com muitos desafios e surpresas. Naquela hora da manhã foi o instinto que me fez levantar e viver mais esse dia. Mais um dia para faltar menos dias para ir. Mais um dia para acordar sabendo que meu pai e minha mãe não estarão na mesma casa que eu, mais 24 horas para estar longe (na distância) das pessoas que eu amo. Volta e meia me pego olhando profundamente os lugares que passo, me despedindo de cada rua, cada paisagem e amigo que encontro por acaso na rua (esse destino é esperto mesmo). Essas despedidas algumas vezes me deixam satisfeita, mas muitas outras vezes não. Não terei mais aulas de piano com o professor que escolhi a dedo, não poderei mais estar diariamente com o amigo que se transformou em meu irmão do coração, não poderei mais gritar pelo nome do meu irmão mais novo quando precisar de ajuda, ou até mesmo brigar porque ele molhou toda a pia do banheiro. São desses momentos simples que eu já tenho saudade, como precisar só olhar para o lado para ver o pôr-do-sol refletido no mar, da janela do meu quarto. O que sinto tem ainda um misto de alegria, porque sei que o lugar que me espera me trará novos momentos, uma etapa nova completamente diferente de tudo o que já experimentei, e agora, ao contrário do que sentia pela manhã, isso me dá fôlego para continuar.
*foto tirada pelo Rafa, em Santo Antônio de Lisboa.

nada

não consigo me concentrar em nada.
é bom... mas, por que ela sempre vem na hora errada?