quinta-feira, novembro 30, 2006


Quarta-feira sem maiores intenções no Plaza. O som estava bom, e as risadas... sem comentários!
Estávamos os três (Upiara, Ju e eu) sentados na mesa quando fomos surpreendidos por um menino.
-Para vocês...
E ele entregou um guardanapo com o desenho e foi embora.
Gosto de manifestações assim, achei tão sensível da parte dele. :]
E até ganhei o desenho no dois ou um... sortudinha.
{adivinhem quem é quem no desenho!}
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dá licença que agora vou sonhar com um profissional da saúde.
:*

terça-feira, novembro 28, 2006

filosofia do restaurante da esquina

as fontes não serão resguardadas... hahaha
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
insensível?
Ainázinha querida do meu coração diz:
talvez tenha me tornado...
Ainázinha querida do meu coração diz:
será?
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
insensíveis se prendem e desprendem com tranquilidade
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
mas depois a gente filosofa.. tenho um belo pedaço de bacon para picar em pedacinhos mínimos e fritar em sua própria gordura
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
delícia
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
hehe
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
Ainázinha querida do meu coração diz:
eu piquei um funghi pra fazer com macarrão e molho branco
Ainázinha querida do meu coração diz:
sou fina
Upiara - upiara.blogspot.com diz:
odeio cogumelo
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alice sem as maravilhas

O vidro do ônibus estava embaçado por causa da chuva. A água não cessava de cair há três dias e o olhar Alice estava longe, racionalizando um sentimento a cada milésimo de segundo. Aquilo já estava a deixando incomodada, porque começava a querer ter uma vida diferente. O ônibus finalmente desceu no ponto final, e a correria de pessoas indo e vindo deu a Alice a sensação de realmente estar em outro lugar, que não a cidade onde morava. Mais ainda, de estar em outra vida, que não a que levava... Justamente a sensação que incomodava momentos antes. Mas ela se entregou à ilusão.
A cidade em que estava não tinha nome, e nem Alice sabia como era sua vida paralela. O que realmente importava é que sentia-se leve. O caminhar era como uma dança, ao som da música que rodava no mp3 player. Naquela vida de sonho ela gostava de olhar as pessoas apressadas, as pessoas desoladas, as que sorriam e as que de mãos dadas caminhavam. Analisava cada uma delas naquele terminal e imaginava uma vida para cada corpo. Um homem sentando no banco poderia estar esperando a esposa. Para aliviar o marasmo ele mexia no celular. Estaria mandando uma mensagem? Procurando um contato? Ou apenas distraindo-se com um jogo? Alice não conseguiu criar algo interessante para o homem ansioso pelas teclas e o deixou para trás.
Passou então por uma garota. Cabelos lisos e claros, franja curta... justamente o cabelo que Alice sempre desejara ter, mas não fora presenteada pela genética com tal disposição. A menina tinha um brinco no nariz. Parou em frente a lanchonete do terminal urbano e olhou a vitrine dos doces. Na vida que Alice criou para aquele corpo, a indecisão era se comeria ou não uma barra de chocolate com recheio de morango. Comer seria deliciar-se com o sabor doce do chocolate, que chegaria a arder os dentes. Não comer seria privar-se da sensação para não engordar alguns quilos. Alice se deu conta que a vida daqueles corpos sempre poderia ter alguma semelhança com a verdadeira vida dela.
Passou por muitas pessoas, feias, bonitas, estranhas, altas, medianas, baixas, gordas, magras. Muitas vidas, muitas histórias. Coisas que alguém jamais conseguiria imaginar, coisas que ninguém quer acreditar que pode existir. Alegrias constantes, vidas de luta, vidas sem graça. De um segundo para outro as ilusões pararam na mente de Alice. Chegou ao segundo ônibus que deveria pegar, agora finalmente em direção a sua casa na vida real. Um casal feliz comia pipoca. A chuva insistia em molhar aqueles que esqueceram o guarda-chuva em casa. Entrou no ônibus e sentou-se. Mais pessoas entravam, alguns de fisionomia conhecida, outros não. Novamente, Alice olhava através do vidro com pingos de chuva. E os pensamentos... Os pensamentos insistentes não paravam de tentar traduzir o que seu coração sentia. Solidão.

segunda-feira, novembro 27, 2006

quero apaixonar-me

"I want a perfect body
I want a perfect soul"
radiohead

O inferninho estava lotado naquela noite distante. Não havia condições para dançar os rockzinhos que o dj discotecava, e estavam tão bons... Os dois estavam esmagados na parede, e não havia como dar um passo para frente. Não que se importassem com isso, porque naquele momento era como se somente os dois existissem. As bocas estavam seladas e os corpos não podiam, e nem queriam, se separar. Foi quando começou aquela melodia melancólica, semi-depressiva para pessoas que estão curtindo a fossa do ano. Mas Creep/Radiohead também pode ser curtida pelos enamorados :}, porque quando ela ouvia o Thom Yorke embalar os versinhos - You float like a feather In a beautiful world I wish I was special You're so fuckin' special - ela realmente se sentia assim...
O motivo desse saudosimo é relembrar um tempo em que estava apaixonada. Sinto falta de ter os olhos brilhando por alguém. De fechar os olhos antes de dormir e pensar na pessoa, relembrar momentos e até fantasiar situações. De achar que a vida é linda porque gosto e sou retribuída. Sou daquelas que quando me apaixono já me imagino casando com a pessoa. Várias vezes me peguei fazendo isso, é tao engraçado. Mal fiquei com cara e em meus pensamentos já estou no altar, vivendo em uma casa, o dia a dia de um casal. Talvez inconscientemente ainda tenha essa vontade de viver um sonho, já que a maioria dos meus relacionamentos foi longe disso. Ou pode ser só a vontade de uma menina normal, de estar com [eu tinha escrito ter, mas apaguei, ninguém tem ninguém] alguém especial, de me sentir importante, cuidada... Quero apaixonar-me. E como diz a música, quero alguém perfeito. E pronto.
Detalhe tão pequeno de nós dois: durante essa postagem ouvi creep nada menos que 10 vezes. [I'm a weirdo-hehe]

chuva.chuva.chuva

Tem dias que a preguiça que sinto é maior que o mundo, com essa chuvinha ainda... ai
frase para a semana: Se a única ferramenta que você conhece é o martelo, todo problema que aparece você pensa que é prego! (tá, eu sei que é tosca, mas...)
estou me iniciando em sigur ros. o download finalizou ontem, até agora posso dizer que gostei. os vocais são lindos e a melodia também. (já posso ser crítica musical! hahaha)

domingo, novembro 26, 2006

só para recomeçar

coletânea nova que a Camila indicou. baixei hoje no torrent e estou ouvindo durante meu domingo chuvoso. :)
o carlito me ajudou a fazer algumas mudancinhas aqui, então agora prometo (não a vocês, leitores fantasmas, mas a mim mesma) escrever com mais frequência.

ao som de hey jude despeço-me.